Historia do Misoprostol no Brasil
O Misoprostol foi introduzido no Brasil em 1984 através do laboratório Searle, sem
nenhuma restrição de compra em farmácias, pois era utilizado para tratamento de úlceras gástrica e
duodenal. Logo após a descoberta das suas propriedades abortivas foi proibido à comercialização
no Brasil limitando somente com prescrição médica. Pois durante muito tempo o misoprostol se
tornou o método preferencial para realizar o aborto em casa ou para iniciá-lo em casa e terminá-lo
no hospital.
O misoprostol como é conhecido tem seu registro na ANVISA como Prostokos®, sendo de uso via vaginal.
COMO O MISOPROSTOL DEVE SER UTILIZADO
O Misoprostol é um análogo sintético de prostaglandina E1 efetivo no tratamento e
prevenção da úlcera gástrica induzida por anti-inflamatórios não hormonais e que tem utilidade em
obstetrícia, pois dispõe de ação útero-tônica e de amolecimento do colo uterino.
Indução de aborto legal.
Esvaziamento uterino por morte embrionária ou fetal.
Amolecimento cervical antes de aborto cirúrgico (AMIU ou curetagem).
Indução de trabalho de parto (maturação de colo uterino).
Tratar e prevenir hemorragia pós-parto.
Como Utilizar o Misoprostol
O Misoprostol é disponível em comprimidos de 25, 100 e 200mcg, sendo que na instituição só tem na apresentação de 25 mcg e 200 mcg. Após a absorção é rapidamente transformado no seu princípio ativo, o ácido misoprostólico, sendo primordialmente metabolizado no fígado e menos de 1% do metabólito ativo é excretado na urina. O estudo da farmacocinética do medicamento mostra muitas variações quanto à via de administração no que se refere à sua absorção e eliminação.
No uso oral: o Misoprostol é rapidamente absorvido, atinge níveis plasmáticos máximos em 30 minutos e declina rapidamente a cerca de 20% do pico após 60 a 80 minutos, restando níveis detectáveis até 4 horas após a ingestão.
No uso vaginal: a concentração plasmática máxima ocorre em cerca de 1 a 2 horas e declina lentamente, sendo que após 4 horas detectam-se no plasma cerca de 60 a 70% do pico máximo.
Os níveis plasmáticos detectáveis permanecem pelo menos até seis horas após sua administração.
No uso sublingual: a absorção se assemelha à da via oral com níveis plasmáticos máximos em 30 minutos, mas em níveis muito mais elevados e declinando rapidamente após 60 a 80 minutos.